O ano de 2020


Sergio Amoroso
PRESIDENTE DO GRAACC

O ano de 2020 será sempre lembrado como aquele em que um vírus foi capaz de fazer a humanidade parar e se adaptar a uma outra forma de se relacionar entre si e com o mundo.

Mas também foi o ano em que a ciência teve sua importância reconhecida na busca de soluções para essa crise de saúde global, e os cientistas mostraram-se incansáveis na busca por respostas, com estudos e vacinas que trazem esperança para conter a disseminação do Sars-CoV-2.

Médicos e profissionais da saúde tomaram o protagonismo e estão salvando vidas, enquanto entendem como se comporta essa nova doença.

No Hospital do GRAACC, nos orgulhamos da atuação das equipes médica, multiprofissional e administrativa no enfrentamento da Covid-19. Tendo o paciente como foco principal do cuidado, nossos profissionais foram exemplares no atendimento de crianças e adolescentes com câncer, que fazem parte do grupo de risco do novo vírus, proporcionando proteção para que pudessem seguir com o tratamento, com todas as chances de cura. Foram diversos aprendizados, adaptações e desenvolvimento de protocolos, tudo realizado com muita eficiência.

Durante esse período tão desafiador, alcançamos uma grande conquista: fomos reacreditados por uma das maiores certificações de saúde do mundo, a Joint Comission International, demonstrando que continuamos focados em garantir a nossos pequenos pacientes mais qualidade e segurança em nossos processos.

Também alcançamos a marca de mil aplicações de quimioterapia intra-arterial, um tratamento inovador contra o tumor ocular, que aumenta as chances de preservar a visão de nossos pacientes e reduz a necessidade da cirurgia de enucleação. Destacamos ainda nossa produção científica, pesquisando novos procedimentos e terapias para oferecer cura, com qualidade de vida, aos mais de 3.800 pacientes que contaram conosco e realizaram seu tratamento em nosso hospital em 2020.

Mas nada disso seria possível sem a solidariedade de inúmeras empresas e pessoas, como você. A nossa rede de doadores mostrou-se parceira neste momento tão difícil. Foram inúmeras as contribuições e doações que nos permitiram continuar de portas abertas para oferecer um tratamento de excelência, integral e humano a crianças e adolescentes com câncer.

Agradecemos imensamente a todos e temos esperança que, juntos, superaremos essa fase em breve.

O Câncer Infantojuvenil

O câncer infantojuvenil é um desafio de saúde pública no mundo e no Brasil. Em nosso país, é a primeira causa de morte por doença entre pessoas de 1 a 19 anos de idade. Com diferenças em relação ao câncer adulto, a doença pediátrica não tem formas de prevenção cientificamente comprovadas; portanto, o diagnóstico precoce, somado ao atendimento em centros especializados, é o caminho para elevar as chances de cura com qualidade de vida.

Foi com o objetivo de oferecer tratamento médico digno, humanizado e adequado para crianças e adolescentes com câncer que o médico e professor Dr. Antonio Sérgio Petrilli, o engenheiro Jacinto Guidolin e a voluntária Lea Mingione fundaram o GRAACC em 1991.

Foi instituído como uma associação civil de direito privado sem fins lucrativos, de caráter assistencial, beneficente e filantrópico. Quando o GRAACC surgiu, as poucas estatísticas registradas pelo Ministério da Saúde apontavam que a média das chances de cura do câncer pediátrico era de aproximadamente 41% na cidade de São Paulo (MIRRA, 2004).

Em 1998, a instituição inaugurou um hospital próprio, em parceria técnico-científica com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que, em 2013, dobrou seu tamanho, com a construção de um novo prédio de nove andares, alcançando 8.804 m² de área construída. Vinte e nove anos depois de sua fundação, o GRAACC possui um dos maiores e mais reconhecidos hospitais especializados no tratamento do câncer infantojuvenil da América Latina. São tratados cerca de 4 mil pacientes pediátricos ao ano e a taxa média de cura é de aproximadamente 71%, índice acima da média nacional, que é de 64% (INCA, 2016).

As atividades hospitalares e institucionais são realizadas por mais de 700 funcionários, com o apoio de 500 voluntários. Localizado na Vila Clementino, em São Paulo, o Hospital do GRAACC recebe crianças e adolescentes de diversas regiões do país, oferecendo tudo o que o tratamento oncológico pediátrico exige em um único lugar: centro de diagnóstico, quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea, centro cirúrgico, UTI pediátrica, entre outros serviços. Seus diferenciais são a experiência das equipes médica, assistencial e multiprofissional, os ambulatórios divididos por tipos de tumores, que permitem que o oncologista pediátrico conheça muito mais sobre cada tipo de doença, e a humanização no atendimento hospitalar.

O Hospital do GRAACC é certificado como entidade beneficente de assistência social (CEBAS), habilitado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) exclusiva para atendimento pediátrico e recebeu em 2020 a reacreditação da Joint Commission International (JCI), um dos mais importantes selos mundiais na área da saúde, que atesta a qualidade e reconhece a excelência nas práticas hospitalares contínuas, com padrões internacionais.

Tudo isso só é possível como resultado da tríplice aliança em que a sociedade apoia, doa e se voluntaria, o empresariado participa voluntariamente dos Conselhos com foco em gestão eficiente e a universidade oferece convênio técnico e científico, que permite o desenvolvimento de pesquisa, ensino e extensão, formando novos especialistas e difundindo o conhecimento sobre o diagnóstico precoce e o tratamento contra o câncer infantojuvenil em todo o Brasil.

Garantir a crianças e adolescentes com câncer, dentro do mais avançado padrão científico, o direito de alcançar todas as chances de cura com qualidade de vida.

Ser reconhecido como centro de referência sustentável de ensino, pesquisa, diagnóstico e tratamento do câncer infantojuvenil, prioritariamente para crianças e jovens de baixa renda, promovendo impacto na assistência à saúde.

  • Competência
  • Ética
  • Transparência
  • Solidariedade
  • Trabalho em equipe
  • Igualdade nas relações
  • Sustentabilidade

Governança e Gestão

A rápida evolução da medicina ocorre por meio dos avanços nas pesquisas e, na oncologia pediátrica, os resultados disso apontam para tratamentos mais precisos e personalizados, já que o câncer não é uma doença única, mas um conjunto de tumores diferentes que atuam com variadas características em cada organismo.

Movido pela crença de que crianças e adolescentes não devem ter suas vidas encurtadas pelo câncer, o GRAACC dá passos largos nesta direção ao investir em pesquisas, recursos humanos e tecnológicos para seguir ou definir novos protocolos (como você pode ler na página 20) e alcançar todas as chances de cura.

Para manter esse progresso no conhecimento científico e salvar cada vez mais vidas, é fundamental a busca por investimentos, grande parte proveniente de doações, a transparência para manter a credibilidade perante a sociedade e a gestão eficiente dos recursos. Há 29 anos, tudo isso é possível com decisões tomadas sob orientações de um Conselho de Administração, formado por oito membros, e um Conselho Fiscal, composto por três membros.

No modelo de governança do GRAACC, todos os integrantes dos conselhos são voluntários e cumprem mandatos eletivos de quatro anos, podendo ser reeleitos. Os conselhos orientam as tomadas de decisões e direcionam o planejamento estratégico para o grupo de profissionais do GRAACC.

 

Novo Superintendente Geral

Em 2020, o GRAACC passou a contar com uma Superintendência Geral, ocupada pelo Dr. André Luis Negrão Albanez. Com experiência no setor de saúde, como cardiologista clínico, e em administração hospitalar, o novo Superintendente Geral chega para consolidar ainda mais a sustentabilidade e a inovação na gestão do Hospital do GRAACC, liderando e trabalhando em conjunto com as superintendências Médica, Administrativa e de Desenvolvimento Institucional.

A nova gestão tem um olhar voltado ao longo prazo, prezando para que a instituição seja perpetuada com base em seu modelo de governança e fortalecendo o GRAACC como hospital de excelência e referência em oncologia pediátrica na América Latina.

“Estou muito honrado em fazer parte da equipe do GRAACC, que tem no DNA o cuidado centrado no paciente e o tratamento humanizado. Venho com foco em gestão eficiente para trazer resultados de impacto para a assistência hospitalar e à saúde financeira da instituição em longo prazo”, afirma Dr. André Negrão.

Certificações

Em 2020, o GRAACC entrou, pelo quarto ano consecutivo, para o ranking de Melhores Empresas para Trabalhar – Great Place to Work – Saúde – Hospitais. Isso significa que os profissionais do GRAACC, mais uma vez, avaliaram positivamente o clima organizacional e as práticas consolidadas em gestão de pessoas. O orgulho por oferecer medicina de qualidade a crianças e adolescentes com câncer é a principal motivação deles.

Além dessa conquista, o setor de Recursos Humanos do Hospital do GRAACC realizou 22.642 horas de treinamento com 9.218 participações e contribuiu com as adaptações necessárias para reduzir o impacto das mudanças provocadas pela pandemia na rotina dos profissionais.

Pela segunda vez, o Hospital do GRAACC recebeu a certificação pela Joint Commission International (JCI). Trata-se de um dos mais importantes selos mundiais, que atesta a qualidade e reconhece a excelência das práticas hospitalares contínuas com base em padrões internacionais. A JCI é o maior e mais antigo órgão de acreditação e definição de padrões internacionais em saúde. A avaliação do segundo ciclo de acreditação aconteceu em novembro de 2020, três anos após o GRAACC ter sido o primeiro hospital oncológico pediátrico certificado no país, em 2017.

“O certificado demonstra nosso compromisso com protocolos de segurança no ambiente hospitalar, que tornaram-se ainda mais importantes neste momento de pandemia, tanto para os pacientes e acompanhantes, quanto para todos os funcionários das diversas áreas que compõem o hospital”, afirma Dr. André Negrão, superintendente geral do GRAACC.

Para receber a reacreditação, o Hospital do GRAACC passou pelo processo de auditoria, que avaliou a gestão de todos os documentos do hospital, políticas, normas e rotinas internas, o cumprimento do código de ética da instituição, o gerenciamento de indicadores e planos de ação das áreas, além do mapeamento de processos e gestão de riscos. Todos esses processos fortalecem a cultura de segurança e, como consequência, o Hospital do GRAACC promove melhor experiência, sustentada por pilares clínicos e de humanização, para profissionais, pacientes e acompanhantes.

 

Resultados

Há quase seis anos, o Hospital do GRAACC aplica quimioterapia intra-arterial no tratamento de retinoblastoma, um tipo de tumor ocular. Em 2020, com ampla experiência, alcançou o marco de mil aplicações da técnica. Todo esse conhecimento e tecnologia permitiram que centenas de crianças, como a Valentina (fotos abaixo), tivessem acesso a um dos tratamentos mais avançados do mundo para o câncer ocular mais frequente em crianças de até três anos.

A técnica tem como objetivo preservar a visão e evitar a cirurgia de enucleação, que consiste da retirada do globo ocular. O procedimento tem certa semelhança com o cateterismo cardíaco, que é mais comum e conhecido. Normalmente, é introduzido um microcateter por meio de micronavegação, por um acesso na virilha. Ele é levado até a artéria oftálmica do olho no qual será injetada a medicação quimioterápica. “Por ser injetado direto no leito vascular em que está contido o câncer, a medicação atinge concentração 80 vezes maior do que a quimioterapia sistêmica.

São necessárias entre três e cinco aplicações para a remissão do tumor”, ressalta Dr. José Roberto Fonseca, neurointervencionista do Hospital do GRAACC. Além dessa técnica, como centro de referência, o Hospital do GRAACC reúne toda a estrutura e experiência em oncologia pediátrica para diagnosticar e tratar tumores oculares na infância, com quimioterapia endovenosa, intravítrea, braquiterapia, laser e crioterapia.

Humanização

Em 2020, 390 crianças e adolescentes foram diagnosticados com câncer e buscaram tratamento no Hospital do GRAACC. Em meio à fase sensível pela qual o mundo está passando por conta da pandemia de Covid-19, pais, mães, avós e outros responsáveis receberam a notícia de que teriam grandes mudanças em sua rotina.

A média de tempo de tratamento do câncer infantojuvenil é de 18 meses e, mesmo seguindo o conceito de hospital-dia, em que o paciente não permanece em internação, são demandadas muitas horas para procedimentos, exames e consultas.

A notícia do diagnóstico é difícil de ser recebida e de ser dada, mas é a partir desse momento que é iniciado o vínculo com os profissionais de saúde, algo capaz de desenvolver confiança entre eles, elevar a adesão ao tratamento e diminuir as dores físicas e emocionais. Essas conversas entre as famílias e os médicos são tão importantes que o GRAACC prioriza a capacitação de seus profissionais e expande o conhecimento a futuros médicos, abordando todos os anos essa temática junto a residentes e equipes da assistência que atuam no hospital.

Como a criança e o adolescente são o centro do cuidado no GRAACC, eles têm acesso às informações sobre o próprio tratamento e são assistidos em um ambiente que promove o bem-estar e favorece a recuperação. Tudo isso é realizado de acordo com a faixa etária do paciente, por vezes ocorrendo de maneira mais lúdica, para os mais novos, outras, de maneira mais informal, para os adolescentes.

Cada procedimento no Hospital do GRAACC também considera as particularidades do paciente, bem como o tempo necessário para interagir com as famílias. A instituição segue as diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH), que preveem a melhoria na qualidade e eficácia dos serviços prestados entre os trabalhadores da saúde, pacientes, hospitais e comunidades.

Como consequência, os profissionais também sentem satisfação em oferecer às crianças e aos adolescentes, além dos recursos para obter o máximo resultado no tratamento, conforto, segurança, espaço lúdico e oportunidades de brincar, se entreter, aprender e criar.

O ambiente hospitalar do GRAACC foge do que é o estereótipo de um hospital comum. O acolhimento tem início no projeto de arquitetura, que inclui curvas e cores para trazer a sensação de maior flexibilidade, movimento e imaginação para as crianças. Iniciativas dos profissionais no atendimento podem lembrar brincadeiras, mas fazem toda a diferença no tratamento dos pacientes.

Cenas possíveis de serem vistas no hospital são: a música favorita do paciente tocando durante a sessão de radioterapia, a mãe deitando abraçada ao filho na maca para “ensaiar” o exame de ressonância magnética, um videogame sendo o foco da sessão de fisioterapia, um balanço contribuindo para a reabilitação do equilíbrio em bebês, bonecas passando por todos os procedimentos pelos quais as crianças serão submetidas antes delas, diplomas premiando os corajosos e o badalar do Sino da Vitória incentivando que cada etapa do tratamento seja vencida e celebrada.

“Somos um hospital de oncologia pediátrica que tem como princípio o acolhimento de nossos pacientes e seus pais. Nos alegra muito quando a equipe se propõe a criar ações que possam trazer bem-estar e conforto às crianças e aos adolescentes que frequentam o GRAACC e que extrapolam nossas iniciativas de humanização do atendimento hospitalar. Incentivamos essas iniciativas para que sejam cada vez mais frequentes nos ambientes hospitalares”, diz Dr. André Negrão, superintendente geral do GRAACC.

Complexo Hospitalar

O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar atua em diversos setores do Hospital e, entre suas funções, elabora protocolos clínicos de diagnóstico, tratamento e prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde. Além disso, tem a responsabilidade de se manter atualizado em relação a todas as doenças, como é o caso da Covid-19.

Diante desse novo cenário pandêmico, a equipe reforçou protocolos de prevenção, passou a utilizar novas tecnologias para desinfecção de ambiente, como um aparelho nebulizador, promoveu campanhas de educação continuada em parceria com outros setores, demonstrou a importância da utilização dos equipamentos de proteção individual com segurança, atuou junto à engenharia hospitalar para adaptação de ambientes de internação seguros, como quartos com pressão negativa e estabeleceu fluxo de coleta de amostras respiratórias para diagnóstico em ambiente protegido e seguro.

Toda a equipe médica do Hospital do GRAACC foi treinada em relação ao protocolo clínico de diagnóstico e tratamento da Covid-19. De acordo com esses protocolos é recomendado fazer a coleta de biomarcadores inflamatórios e fatores de coagulação, além de exames de imagem que permitem o reconhecimento das complicações precoces e, consequentemente, a intervenção terapêutica em tempo hábil para evitar um desfecho desfavorável.

O SCIH institui todas as medidas de proteção e segurança e tem monitorado a adesão a elas.

Durante todo o ano de 2020, os profissionais do GRAACC foram treinados em procedimentos específicos contra a nova doença, com o uso de manequins robóticos que simulam as reações de pacientes de diferentes faixas etárias, com o objetivo de prevenir a disseminação da Covid-19 e garantir a segurança dos pacientes.


Ao ter resultado positivo para coronavírus, o paciente do GRAACC passa por raio-x de tórax e, quando necessário, tomografia para a avaliação do comprometimento pulmonar. Esta é uma das facilidades do hospital, que possui um Centro de Diagnóstico por Imagem com equipamentos de última geração e laudos técnicos produzidos por especialistas com olhar diferenciado em tudo o que é importante para o exame de uma criança com câncer.

 

O hospital é um dos poucos a utilizar um equipamento de hemodiálise contínua de última geração, funcionando como um filtro para eliminar as toxinas e outras substâncias do sangue, incluindo os medidores inflamatórios usados no tratamento. Isso é importante para a recuperação renal de alguns pacientes graves de Covid-19.

Foi estabelecido um fluxo de atendimento diferenciado para os pacientes que apresentam sintomas respiratórios, como febre, coriza, tosse, falta de ar e dor muscular. Essas crianças passaram a ter uma entrada diferenciada no hospital, sendo submetidas a uma avaliação direcionada em um espaço adaptado para atendê-las com segurança, denominado Unidade Respiratória Pediátrica (URP).

Esse local representa uma das principais medidas para impedir e conter a disseminação do vírus dentro do hospital. “Tivemos de aprender com cada um dos nossos casos e desenvolver protocolos exclusivos, já que, até o momento, não se dispõe de terapia específica para a Covid-19. E a triagem especial foi fundamental para a segurança de nossos pacientes e funcionários”, explica o Dr. André Negrão, superintendente geral do Hospital do GRAACC.

 

 

 

Conhecimento Compartilhado

Um dos efeitos da pandemia de Covid-19 foi a diminuição de consultas periódicas presenciais com pediatras, impactando as investigações de doenças de alta complexidade, como o câncer infantojuvenil.

Diante desse cenário, o GRAACC intensificou seu propósito de estimular o diagnóstico precoce e realizou uma série de atividades para conscientizar pais e profissionais da saúde sobre os sinais e sintomas da doença.

Para os profissionais de saúde, o hospital preparou uma série de webinars com temas sobre o impacto da pandemia no tratamento de pacientes pediátricos oncológicos, o diagnóstico e as condutas médicas no enfrentamento dos tumores mais comuns na infância.

Para pais e responsáveis pelo cuidado de crianças e adolescentes, foram disponibilizadas gratuitamente cartilhas com informações sobre identificação de sinais e sintomas do câncer infantil, além de esclarecer as principais características dos tumores pediátricos de maior incidência e seus tratamentos. As cartilhas, que são gratuitas, podem ser conhecidas no link graacc.org.br/publicacoes.

Já a série de webinars está disponível no canal do GRAACC no YouTube: youtube/graaccsp.

Em 2020, a editora Appris lançou o livro “Implicações do câncer da criança no processo de alfabetização”, com a autoria dos fundadores da Escola Móvel do GRAACC, os professores Eduardo Kanemoto (in memoriam) Amália Neide Covic e do Superintendente Médico do GRAACC, Dr. Antonio Sérgio Petrilli. A publicação é resultado do trabalho desenvolvido no Hospital do GRAACC e é direcionado a professores que lecionam em ambiente hospitalar.

Os valores obtidos por direitos autorais foram doados à instituição. As fisioterapeutas motoras do GRAACC, Liliana Yu Tsai e Luciana Nakaya, escreveram sobre suas especialidades no hospital, tumores ósseos e de sistema nervoso central, para o livro “Oncologia para fisioterapeutas”, lançado também em 2020 pela editora Manole.

INFECTOLOGIA

O GRAACC participou do maior congresso latinoamericano sobre doenças fúngicas invasivas, o 18ª INFOCUS LATAM, com a chefe do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital, a infectologista Dra. Fabianne Carlesse. Ela também palestrou sobre Covid-19 em crianças com câncer no Congresso da Sociedade Latinoamericana de Infectologia Pediátrica.

A diretora clínica do Hospital do GRAACC, Dra. Monica Cypriano, integra o Grupo Brasileiro de Tumores Renais da Sociedade Internacional de Oncologia Pediátrica (GBTR – RTSG da SIOP) e fez parte da organização do congresso, realizado em março, no Rio de Janeiro. A médica, que é especialista em tumor de Wilms, falou sobre quimioterápicos utilizados no tratamento.

A revista científica Pediatric Blood Cancer publicou um estudo desenvolvido no Hospital do GRAACC em fevereiro de 2020.
“O estudo mostrou vantagens da técnica VMAT para tratar tumor de Wilms com menos efeitos tardios, preservando o rim remanescente e causando menor toxicidade aos órgãos sadios”, explica o coordenador do Serviço de Radioterapia do Hospital do GRAACC, Dr. Michael Chen.


O oftalmologista do Hospital do GRAACC, Dr. Luiz Fernando Teixeira, ministrou um curso para médicos e residentes sobre o oftalmoscópio direto e a tecnologia portátil Eyer, que pode ser integrada ao smartphone para facilitar o diagnóstico do retinoblastoma no consultório pediátrico.

Com base na experiência em Cuidados Paliativos para crianças e adolescentes com câncer, a oncologista pediátrica Dra. Carlota Blassioli e a enfermeira Carolina Kasa produziram um documento educativo para ajudar profissionais de saúde, principalmente os residentes, no processo de comunicação aos familiares e aos pacientes com Covid-19.

O neurocirurgião do Hospital do GRAACC, Dr. Marcos Devanir Silva da Costa, foi autor principal do estudo “Gliomas de alto grau em crianças e adolescentes:qual o papel da reoperação?”, publicado pela revista científica Journal of Neurosurgery: Pediatrics.

As coordenadoras do tratamento de tumores no SNC, a Dra. Nasjla Saba e a Dra. Andrea Cappellano, apresentaram webinar da Sociedade de Neuro-oncologia da América Latina (SNOLA) sobre o tratamento atual de glioma em crianças e adolescentes.

Em 2020, Dra. Andrea também foi parecerista de projeto de pesquisa do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON), a convite do Ministério da Saúde, membro do comitê científico da Sociedade Internacional de Oncologia Pediátrica (SIOP), delegada da Sociedade Latinoamericana de Oncologia Pediátrica (SLAOP) e co-autora de um estudo publicado pela revista The Lancet Oncology sobre os impactos iniciais da Covid-19 no tratamento oncológico pediátrico na América Latina.


A equipe do GRAACC fez outras participações no congresso virtual da SLAOP: a Dra. Ana Claudia Donatelli apresentou, sob a orientação da Dra. Ana Virginia Lopes de Sousa, especialista em leucemias do GRAACC, estudo sobre a análise de sobrevida de um subgrupo de pacientes com leucemia linfóide aguda com a possibilidade de sequenciamento de nova geração; e a coordenadora do Serviço Social do GRAACC, Camila Queichada, participou da mesa “Trabalho cooperativo entre ONGs e equipe psicossocial. Modelos diferentes”.

O periódico Journal of Pediatric Hematology Oncology publicou artigo de autoria principal da Dra. Priscila de Biasi Leal: “Avaliação do desempenho do escore de gravidade PRISM IV (Risco de Mortalidade Pediátrica) e adaptação do algoritmo para uso em UTI pediátrica oncológica”. Dra. Dafne Bourguignon da Silva, coordenadora da UTI do Hospital do GRAACC, apresentou trabalho sobre sobrevida e morbidade em crianças com câncer, eleito no TOP 50 do Congresso Mundial de Terapia Intensiva Pediátrica (WFPICCS 2020).

No mesmo congresso, também apresentou: “Sepse em crianças com câncer: dados de um protocolo gerenciado por enfermeira/médico em hospital pediátrico oncológico dedicado em São Paulo, Brasil”.


A revista Nutrition and Cancer publicou estudo que mostra a subnutrição como risco agravante no quadro clínico de crianças gravemente enfermas. A primeira autora, a nutricionista do GRAACC, Nayara Magri Teles, apresentou outros dois trabalhos no Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva: “Evolução nutricional por meio de circunferências corporais em crianças e adolescentes com diagnóstico oncológico internados em uma unidade de terapia intensiva” e “Perfil do uso de terapia nutricional em crianças e adolescentes com diagnóstico oncológico internados em uma unidade de terapia intensiva”.

Dr. Felipe Rezende Caino de Oliveira e Dr. Rafael Teixeira Azevedo se formaram no Curso de Terapia Intensiva Pediátrica Oncológica do St. Jude Childrens Research Hospital, em Memphis, EUA.

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