História detalhada: questionar a presença de rash cutâneo, otorreia, perda de apetite/peso, diarreia, polidipsia, poliúria, alteração neurológica.
Exame físico detalhado: aferir peso e estatura, investigar lesões de pele e couro cabeludo, lesão anal ou genital, anormalidade orbitária, adenomegalias, secreção auditiva, lesões em gengivas e dentes, icterícia, hepatoesplenomegalia e anormalidades neurológicas.
Exames laboratoriais: para todos os pacientes – hemograma completo, coagulograma, ferritina, eletrólitos, proteína total, albumina, alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), bilirrubinas, fosfatase alcalina, gama-GT, ureia, creatinina, densidade e osmolaridade urinária.
Exames radiológicos: radiografia do tórax e de todo o esqueleto, cintilografia óssea, US de abdome.
Exames laboratoriais específicos: de acordo com as manifestações da doença:
a | se há hemograma anormal – mielograma e biópsia de medula óssea;
b | se há disfunção hepática – biópsia hepática é recomendada somente nos casos de envolvimento hepático significativo para diferenciar entre colangite esclerosante e histiocitose ativa;
c | se a radiografia de tórax está anormal (infiltrado intersticial difuso) ou há sinais e sintomas sugestivos de envolvimento pulmonar – tomografia de alta resolução;
d | suspeita de lesões ósseas craniofaciais, incluindo mandíbula e maxila – ressonância nuclear magnética (RM) de crânio;
e | suspeita de lesões vertebrais – RM de coluna cervical, torácica e lombar (para excluir compressão medular);
f | alterações hormonais, visuais ou neurológicas – RM de crânio, incluindo o eixo hipotálamo-hipofisário e os ossos craniofaciais. O uso do contraste endovenoso (gadolínio) é mandatório;
g | baixa estatura, diabetes insípido, puberdade precoce ou atrasada – avaliação endócrina e RM de crânio;
h | secreção auricular ou suspeita de déficit auditivo/envolvimento da mastoide – RM de crânio, tomografia de osso temporal e avaliação audiológica;
i | diarreia crônica, ganho ponderal inadequado, evidência de má-absorção – endoscopia e biópsia.
O diagnóstico da histiocitose requer biópsia da lesão suspeita.
Aspecto anatomopatológico sugestivo – presença das células de Langerhans com núcleos marcados por indentações (aspecto de grão de café) em puro infiltrado histiocítico ou em lesões mistas com eosinófilos e histiócitos, histiócitos fagocíticos e células gigantes multinucleadas.
Diagnóstico definitivo – anticorpo monoclonal CD1a ou CD207 positivo nas células lesionais ou, quando disponível, grânulos de Birbeck (estruturas típicas da doença à microscopia eletrônica).