Lázaro sempre amou cavalos e nunca teve medo de cair. Desde pequeno, aprendeu que para montar era preciso confiar. O animal sente quando há dúvida, e o menino nunca hesitou. Segurava firme as rédeas, inclinava o corpo e deixava o vento tocar seu rosto. Gostava da velocidade, da terra batendo forte contra os cascos, do barulho da poeira subindo. Gostava de ganhar.

Começou a correr de cavalo aos seis anos, na chácara da família, no Paraná. Não demorou para que as tardes de brincadeiras se tornassem competições reais. Hoje, participa de corridas e desafia-se em cada prova, sentindo a emoção da disputa e o prazer da conquista. Quando crescer, quer ser treinador de cavalos. Quer aprender a entender cada movimento, cada resposta do animal, como se fossem um só.

Correr sempre foi sua maneira de entender o mundo. No campo, entre os cavalos, era livre. As tardes eram de competições improvisadas, aprendizados silenciosos e conversas que não precisavam de palavras. Os cavalos entendiam seus sentimentos e ele os entendia.

A mãe, Greyci, ainda se lembra do dia em que o medo tentou domá-los. Foi numa foto. O flash revelou uma mancha branca no olho do filho. Primeiro, a intuição. Depois, a confirmação. Retinoblastoma. Câncer. O tipo de palavra que uma mãe nunca quer ouvir. Mas ouviram e seguiram em frente.

Lázaro tinha um ano e meio. Não entendia os hospitais, as agulhas, as idas e vindas. Mas entendia da vida. E a vida não para. Foram nove meses de tratamento no GRAACC. Cirurgia, quimioterapia, retirada do olho. Dias longos, em que o tempo se arrastava e a esperança duelava com o medo dentro de Greyci.

Lázaro ganhou uma nova forma de ver o mundo. Talvez tenha sido isso que o tornou ainda mais forte. Cresceu sem olhar para trás, sem se perguntar “por que comigo?”. Apenas seguiu. Como um cavalo solto no campo, sem medo da estrada, sem medo do que vem depois da curva.

Hoje, aos dez anos, volta ao hospital uma vez por ano, parte do protocolo de tratamento. Mas não olha para trás. Olha para frente, para os cavalos que treina, para os amigos que faz pelo caminho. Aprendeu a transformar obstáculos em impulso. O vento que um dia pareceu forte demais agora o empurra.

“Depois de tudo isso, a gente aprendeu a viver o hoje”, diz Greyci. Porque o futuro não está lá na frente. O futuro é agora, e Lázaro segue galopando.

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