Avançar no diagnóstico preciso e no tratamento de cânceres pediátricos raros é um dos compromissos do GRAACC. Por isso, damos mais um passo importante ao integrar o Molecular Neuro-Pathology Outreach Consortium (MNPOC), um dos mais respeitados consórcios internacionais de pesquisa em oncologia pediátrica.

O consórcio reúne centros de excelência de diferentes regiões do mundo, como Argentina, Chile, Egito, Jordânia, Paquistão, Índia, Indonésia, Tailândia, Qatar e Estados Unidos. Seu foco principal é ampliar o acesso a uma técnica inovadora chamada metilação, especialmente em países de baixa e média renda, enfrentando desafios como o alto custo e a limitação de acesso.

Essa metodologia, desenvolvida pelo Hospital KiTZ, na Alemanha, e atualmente reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem revolucionado o diagnóstico de tumores cerebrais e sarcomas infantis.

 

  • O que é metilação e por que ela é tão importante?

Nosso corpo é formado por trilhões de células, e cada uma delas carrega o mesmo DNA — o código genético que orienta como tudo deve funcionar. Mas nem todas as células fazem as mesmas coisas: há células da pele, do cérebro, do sangue… Como elas “sabem” o que fazer? Aí entra a metilação.

A metilação é como um marcador químico que “liga” ou “desliga” partes do DNA. Ela ajuda a controlar quais genes estão ativos em cada tipo de célula. Pense nela como etiquetas que dizem: “essa parte do DNA deve ser usada aqui” ou “essa parte deve ficar silenciosa”.

Quando ocorre um câncer, especialmente em crianças, essas marcas podem estar diferentes do normal. Estudando o padrão de metilação, os cientistas conseguem entender melhor de que tipo de tumor se trata, mesmo quando ele é raro ou difícil de identificar com os exames tradicionais.

 

  • Como a análise da metilação ajuda no tratamento do câncer infantojuvenil?

Ao identificar com exatidão o tipo de câncer e classificar o grupo molecular ao qual ele pertence, os médicos conseguem realizar um tratamento com maior segurança do diagnóstico  e, em alguns casos — como no meduloblastoma — direcioná-lo de forma mais específica para cada criança, aumentando as chances de sucesso e reduzindo efeitos colaterais.

Neste mês de julho, tivemos a honra de receber em nosso hospital a delegação do consórcio MNPOC. Durante a visita, apresentamos nossa infraestrutura, os laboratórios e o nosso modelo de atuação, que integra assistência, pesquisa e ensino.

“Fazer parte desse grupo nos conecta ao que há de mais avançado na ciência mundial e reforça nosso compromisso com a inovação, a excelência e, acima de tudo, com o diagnóstico preciso e o melhor tratamento de nossas crianças e adolescentes que lutam por suas vidas todos os dias”, destaca a Dra. Andrea Cappellano, nossa especialista em tumores cerebrais e representante do GRAACC no consórcio.

 

Essa parceria fortalece ainda mais nossa missão de oferecer tratamento de ponta com acesso gratuito, humano e integral às crianças e adolescentes com câncer.


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