Miguel é brasileiro, tem 3 anos e mora no Japão desde os cinco meses de idade. As alegrias da rotina do menino no país do sol nascente incluem passeios com a família, visitas a zoológicos e aquários. Para tornar os dias mais divertidos, a família aproveita brincadeiras em parquinhos e corre sempre que possível. Fora do comum da rotina de outras crianças da idade dele tem o fato de que ele já superou uma das fases mais difíceis de sua vida: venceu um câncer. Filho de Larissa e do artilheiro do clube japonês Cerezo Osaka, Bruno, Miguel tinha outros planos para 2020. Estava se preparando para ser irmão mais velho.
A pandemia adiou o sonho da família de aumentar e transformou o medo do novo coronavírus em força para alcançar a cura da doença de Miguel.
Quando o menino surgiu com um inchaço na barriga e a pediatra japonesa falou em português que ele tinha um câncer. Larissa e Bruno não queriam entender.
Com a ajuda de um tradutor, veio a confirmação da doença pelos exames de sangue e a orientação dos demais especialistas de iniciar o tratamento imediatamente. Toda a angústia do diagnóstico, tiveram que tomar a decisão de fazer isso no país onde estavam. A dificuldade do idioma, ou enfrentar as limitações impostas pela pandemia para viajar ao Brasil, junto à família.
“Conversamos com um médico de nossa confiança, que nos disse que, diante da situação, a pandemia ficava em segundo plano. Seria melhor voltar para o Brasil e levar Miguel para ser tratado no Hospital do GRAACC. Queríamos a cura do nosso filho e confiamos que seria mesmo a melhor decisão.”, Conta Larissa.
Uma semana após a consulta com a pediatra, Miguel estava no Hospital do GRAACC refazendo os exames para a confirmação do diagnóstico e iniciando o tratamento com quimioterapia e cirurgia . A família alugou um apartamento em São Paulo, onde também ficaram os avós para apoiar o tratamento do pequeno.
Foram quatro meses, sendo que em três deles, o menino ficou sem andar e precisou usar sonda, porque não estava se alimentando. “Oncologistas, cirurgiões, equipe de enfermagem, residentes, nutricionistas, fisioterapeutas, cada um ali foi um anjo, trazendo amor, carinho, simpatia, e sendo o mais humano possível. Tudo o que queríamos de melhor, encontramos no GRAACC, que tem nossa profunda gratidão. Os dias foram difíceis no hospital, mas graças a eles, comemoramos a cada mês a cura do nosso pequeno, que cremos ser eterna”, se emociona Larissa.
Miguel teve alta do tratamento e já está de volta às arquibancadas no Japão, na maior torcida pelo pai. Além disso, a equipe médica que o atendeu no Hospital do GRAACC sempre realiza os exames do outro lado do mundo, mas encaminha-os para o acompanhamento com todo o cuidado que esta etapa do tratamento exige. Agora, consequentemente, a família faz cada passeio com ainda mais intensidade e alegria.
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