Desde o início da pandemia, em março de 2020, cientistas e médicos têm se dedicado a compreender a Covid-19 e reduzir os seus danos. A evolução do conhecimento sobre o novo vírus, apesar de ainda não tê-lo sob controle, já pôde reduzir o número de internações, complicações e mortes. Mas se ainda há muitos aspectos misteriosos sobre como a nova doença se manifesta na população em geral, há menos informações ainda sobre como se manifesta em crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer. Esse tem sido um desafio extra para os profissionais do Hospital do GRAACC, que estão em aprendizado contínuo para prevenir e tratar a SarsCov-2 em seus pacientes.

“Tivemos de aprender com cada um dos nossos casos e desenvolver protocolos exclusivos, nos organizando da melhor forma possível. E, como medida para oferecer mais segurança aos demais pacientes, desenvolvemos uma unidade de atendimento a casos sintomáticos respiratórios”, explica o Dr. André Negrão, superintendente geral do Hospital do GRAACC.

De acordo com a infectologista do Hospital do GRAACC, Dra. Fabianne Carlesse, a criança com câncer, devido à baixa imunidade causada pela própria doença ou pelo seu tratamento, ao entrar em contato com o novo coronavírus tem mais probabilidade de desenvolver formas graves da Covid-19. “Estabelecemos critérios para identificar o mais precocemente possível os casos mais complicados da doença, por isso, aplicamos no GRAACC medidas diferenciadas que não seriam necessárias a crianças e adolescentes com organismos capazes de responder à infecção”, conta a especialista.

Com tecnologia de ponta e equipe qualificada, a Unidade de Terapia Intensiva do GRAACC pôde utilizar em alguns casos mais graves um bloqueador de receptor de interleucinas, uma medicação que diminui a inflamação provocada pela Covid-19 no organismo, diminuindo os efeitos de uma possível resposta imune destrutiva. O hospital também é um dos poucos a utilizar um equipamento de hemodiálise contínua de última geração, importante para facilitar a recuperação renal de alguns pacientes, funcionando como um filtro para eliminar as toxinas e outras substâncias do sangue, incluindo os medidores inflamatórios usados no tratamento.

Em caso de sintomas respiratórios, são realizados exames de sangue com marcadores inflamatórios e fatores de coagulação. “A análise dessas informações nos ajuda a avaliar gravidade da Covid-19 e da imunossupressão no paciente. Em alguns casos, já indicamos a internação a partir deste momento”, explica a Dra. Fabianne.

Quando o exame é positivo para o novo coronavírus, o paciente em tratamento no GRAACC também é imediatamente submetido à tomografia de tórax. “Neste momento, o olhar de um especialista em analisar exames de crianças imunossuprimidas como as que temos no GRAACC faz toda a diferença, já que o radiologista sabe quais alterações demandam mais atenção neste tipo de paciente e o laudo técnico dele será fundamental para sabermos se há acometimento pulmonar e qual a melhor medicação para aquele paciente. Cada caso da Covid-19 é tratado individualmente, a medicação de um paciente nem sempre funcionará para o outro”, conclui Dra. Fabianne.


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