O câncer infantil é a segunda causa de morte em crianças, mas se tratado em hospitais de referência e especializados na doença, como o nosso, as chances de cura são muito altas. Nas últimas duas décadas, houve avanços significativos na oncologia pediátrica com a introdução de novos quimioterápicos e medicamentos, técnicas de radioterapia e transplante de medula óssea. Terapias que, além de aumentar as chances de cura também podem comprometer funções dos pacientes e, por isso, necessitam de acompanhamento intensivo. Em nosso hospital, contamos com uma equipe de intensivistas altamente capacitada para atender crianças e adolescentes em nossa UTI, oferecendo todo o suporte para superar as fases mais agudas da doença e do tratamento.

São mais de 30 anos de experiência que nossa equipe de UTI compartilhou, entre os dias 14 e 16 de novembro, no Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva, um dos maiores eventos da área na América Latina. Realizado em São Paulo, reuniu cerca de 3.000 especialistas para dividir avanços, trocar experiências e fortalecer uma área essencial para salvar vidas.

Um dos destaques foi a palestra da Dra. Dafne Cardoso Bourguignon, nossa médica intensivista coordenadora de nossa UTI, que falou sobre “Uso Racional de Hemocomponentes em UTI Oncológica”. Sua apresentação trouxe reflexões importantes sobre como otimizar recursos essenciais para crianças e adolescentes em tratamento. Segundo o Guia de Hemocomponentes, do Ministério da Saúde, o uso de sangue e hemocomponentes é uma prática que utiliza tecnologia de ponta e recursos humanos altamente especializados e tem seu fornecimento diretamente relacionado à doação voluntária. Tais particularidades, tornam indispensável a racionalização na utilização dos hemocomponentes, considerando sempre a segurança do doador, do receptor e a disponibilidade de acesso.

“O encontro foi incrível. Me marcou as discussões fundamentais para o atendimento de pacientes crítico e, em particular, a mesa sobre Nefrointensivismo, que é a área de especialização que se dedica ao cuidado de pacientes críticos com disfunção renal em UTI. Foi uma oportunidade única de vivenciar 11 salas simultâneas de aprendizado e ainda conhecer inovações em equipamentos e medicações para cuidados críticos”, destacou.

Além de Dra. Dafne, também participaram do congresso os médicos intensivistas do GRAACC Dra. Alessandra Silva de Araújo, Dr. Felipe Caino, Dr. Rafael Azevedo, Dr. Lucas Lisboa e Dr. Bruno Sanchez Camargo, que apresentou resultados parciais do seu projeto de mestrado “Impacto de expansão com solução cristaloide no volume de água extravascular pulmonar e no índice cardíaco em crianças criticamente doentes com câncer”.

 


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