O cenário da oncologia pediátrica é desafiador, tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde. Discutir sobre a saúde dos enfermeiros é tão crucial quanto debater avanços no tratamento do câncer infantil. Cuidar de quem cuida é uma prioridade para garantir um atendimento de excelência e humanizado, promovendo não apenas a cura das crianças, mas o bem-estar de toda a equipe envolvida.
Este assunto foi tema de uma das palestras da área de Enfermagem, coordenada por Douglas Simões de Abreu, Gestor do SESMT do GRAACC no II Congresso Internacional de Oncologia Pediátrica.
Enfermeiros, que estão na linha de frente do cuidado, são frequentemente expostos a níveis elevados de estresse profissional. O impacto emocional de lidar com crianças e famílias em situações tão delicadas, pode comprometer a saúde mental e física desses profissionais. Essa realidade torna fundamental a discussão sobre as doenças relacionadas ao estresse ocupacional na enfermagem.
Síndromes como o burnout – caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e redução da realização profissional – são comuns entre os enfermeiros que atuam em ambientes de alta pressão, como é o caso da oncologia pediátrica. Essas doenças podem não apenas prejudicar o bem-estar dos profissionais, mas também afetar diretamente a qualidade do cuidado oferecido aos pacientes.
“Nós temos o que chamamos de síndrome da invulnerabilidade. Achamos que não vamos ficar doentes e resistimos em procurar ajuda. Mas, antes de sermos profissionais da saúde, somos seres humanos, e nós podemos sim adoecer. A nossa saúde é importante, procurem auxílio”, afirma Heloísa Benevides Chiattone, coordenadora do Serviço de Psicologia do GRAACC.
Mas, existem estratégias favoráveis ao bem-estar do profissional de saúde, como lembra Thaís Pereira Brandão, psicóloga do SESMT. “Olhar para a própria vulnerabilidade, autocuidado, envolver-se em atividades prazerosas, encontrar um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional são alguns meios que farão a diferença”.
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