Em busca da excelência no tratamento do câncer infantojuvenil, estabelecemos parcerias com as melhores instituições globais. A aliança com o St. Jude Children’s Research Hospital, iniciada em 2019, representa um marco fundamental em nossa jornada.

Ao unirmos forças, compartilhando conhecimento, experiências e recursos para aprimorar os cuidados oferecidos aos pacientes, estamos mais próximos de alcançar o nosso propósito de garantir ao maior número possível de crianças e adolescentes todas as chances de cura do câncer, com qualidade de vida.

E a implementação do PrOFILE (Avaliação Local Integrada da Unidade de Oncologia Pediátrica, em tradução livre) é um dos frutos dessa colaboração e prova do nosso compromisso com a inovação e a qualidade.

Por meio desta ferramenta de autoanálise composta por um conjunto de indicadores e questionários desenvolvida pelo St. Jude, pudemos, por meio de grupos de tarefas, discussões e workshops, avaliar detalhadamente todos os aspectos do tratamento, desde o diagnóstico até o acompanhamento pós-tratamento, e identificar pontos fortes e oportunidades de melhoria, como a necessidade de investir em novos equipamentos, fortalecer a equipe multidisciplinar ou otimizar os fluxos de trabalho. Tudo isso para oferecer um cuidado ainda mais eficaz, personalizado e humanizado aos nossos pacientes.

Esse processo de autoanálise aconteceu entre agosto de 2023 a junho de 2024, e envolveu, na primeira fase, oncologistas pediatras, radiologistas, radioterapeutas, patologistas, residentes, enfermeiras, enfermeiras clínicas e nutricionistas.

Os próximos passos são os planos de ação de 1, 3 e 5 anos. Confira:

Ano 1 (atual)
– Diminuir os prazos de a liberação dos laudos de patologia;
– Implementação do serviço de anestesia para controle da dor;
– Reduzir a taxa de mortalidade relacionada a infecções;
– Melhorar o sistema de agendamento de consultas.

Ano 3
– Aprimorar as habilidades dos enfermeiros (mais enfermeiros especializados);
– Melhorar a precisão no registro de casos;
– Aumentar o financiamento para hemoderivados;
– Melhorar o fluxo de dispensação de quimioterapia, abordando as causas raízes que contribuem para os atrasos na entrega da quimioterapia;
– Aumentar o número de médicos de Oncologia Pediátrica durante os turnos típicos de dias úteis.

Ano 5
– Implementação de um projeto de transição do paciente ao atingir a idade adulta;
– Incorporar tecnologias inovadoras na oncologia pediátrica;
– Aumentar o financiamento para internações no Sistema Único de Saúde (SUS);
– Melhorar os estudos moleculares no diagnóstico de tumores sólidos;
– Instalações de hospital-dia;
– Melhorar o entendimento das famílias sobre as responsabilidades no cuidado domiciliar.

Conforme ressaltou a Dra. Monica Cypriano, Diretora Médica Assistencial do GRAACC, “a avaliação do hospital foi realizada sob diferentes perspectivas e níveis hierárquicos, o que permitiu ampliar o conhecimento sobre a instituição. Um dos principais aspectos destacados foi a necessidade de melhorar a comunicação interna, essencial para o funcionamento mais eficiente do ambiente hospitalar. A experiência com os exercícios de Melhoria da Qualidade (QI) se mostrou positiva com uma ampla participação da equipe assistencial. O ambiente das reuniões foi informal e amigável, propício para a troca de ideias e opiniões. Além disso, foram criados modelos que podem ser usados em outras reuniões, promovendo uma abordagem passo a passo na resolução de problemas. No momento, estamos engajados em ações para implementação das metas de 1 ano”.