O transplante de medula óssea pode ser uma etapa importante no tratamento de várias doenças, permitindo que a criança receba altas doses de quimioterapia, radioterapia de todo o corpo ou substituindo células doentes da medula por outras saudáveis, provenientes de um doador saudável.
Ao longo de 25 anos, o nosso hospital já realizou mais de 1.000 transplantes de medula óssea, incluindo 110 apenas em 2023.
Vamos entender um pouco mais sobre o assunto?
Existem dois tipos principais de transplantes de medula óssea:
Autólogo: utiliza células do próprio paciente, que são coletadas e mantidas congeladas até o momento do transplante.
Alogênico: feito a partir de células de medula ou sangue periférico de um doador saudável, que podem ser:
– irmãos totalmente compatíveis
– haploidênticos: parentes com metade da carga genética compatível
– doadores voluntários adultos não aparentados
– unidades de sangue de cordão umbilical/ placentário não aparentadas.
Como encontramos o doador de medula óssea?
A compatibilidade é avaliada em um exame específico, chamado HLA. A tipagem do paciente é comparada com a dos irmãos e com doadores do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), que tem acesso a 43 milhões de doadores cadastrados ao redor do mundo.
Passo a passo do transplante
Primeiro o paciente e o doador são avaliados. A criança que fará o transplante é internada, recebe um cateter na veia e fica em regime de condicionamento, quimioterapia com ou sem radioterapia, para destruir as células doentes.
Se o transplante é autólogo, as células são descongeladas e infundidas pelo cateter. Quando o doador é aparentado, a doação de medula ocorre sob anestesia, em centro cirúrgico: o sangue do interior do osso da bacia é aspirado com agulha e seringa, como as crianças fazem quando realizam o exame de mielograma. Não é feito nenhum corte. Não é envolvida a medula nervosa e nem nervos, apenas o tutano do osso da bacia. Há uma outra forma de doação, por um processo chamado leucoaférese, que envolve injeções diárias por 5 dias, seguido da coleta do sangue, parecido com doação de plaquetas.
Este sangue especial é colocado em uma bolsa e é infundida pelo cateter do paciente. As células são transportadas pela corrente sanguínea e naturalmente vão para o interior dos ossos. Após 2 a 3 semanas, as células do paciente estão renovadas e voltam a produzir sangue.
Como ser um doador de medula óssea?
Procure pelo hemocentro mais próximo (consulte aqui), faça seu cadastro e mantenha sempre seus dados atualizados. Nesta etapa de cadastro, você terá dúvidas sobre a doação esclarecidas, preencherá um termo de consentimento e terá uma pequena quantidade de sangue retirada (10ml).
E se você for compatível com um paciente?
Você passará por mais exames para confirmar a compatibilidade com o receptor e terá a saúde avaliada clinicamente. Depois de todas essas etapas concluídas, estará apto a ser um doador.
Para mais informações, clique aqui.
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