O veleiro Tukurá escreveu um dos capítulos mais emocionantes da história da Regata Internacional Recife–Fernando de Noronha (Refeno). O comandante Paulo Waizer, engenheiro, navegador e doador do GRAACC, realizou uma travessia sonhada há mais de 25 anos, um percurso que simboliza muito mais do que uma conquista esportiva.

A Refeno esteve nos planos de Paulo por décadas, mas foi adiada inúmeras vezes por um motivo maior: o tratamento da filha Isabela em nosso hospital. Durante anos, o GRAACC foi o farol que guiou a família nessa jornada de esperança e coragem.

Depois da partida precoce de Isabela, em 2020, Paulo decidiu finalmente soltar as amarras e transformar o mar em cenário de homenagem. Participar da Refeno, levando o nome do GRAACC nas velas de seu barco, foi a forma que encontrou de expressar gratidão à instituição que esteve ao lado de sua família por tantos anos.

Para coroar o momento, o Tukurá recebeu o Troféu Tartaruga Marinha, concedido à penúltima embarcação a completar o percurso, após 51 horas de travessia em mar aberto. Mais do que um prêmio, um símbolo da persistência, do amor e da fé que moveram Paulo durante toda a jornada.

“Foi uma experiência fantástica! Tanto do ponto de vista da navegação e todas as coisas atreladas a realizar uma viagem de 3.000 km para chegar lá em um barco pequeno a vela, assim como a experiência de fazer algo, mesmo que simbolicamente, para divulgar o GRAACC e expor a minha história com a intenção de deixar uma mensagem. Lute, tenha fé, seja perseverante, não perca a felicidade mesmo que o resultado não seja aquele desejado. Eu percebo muitas coisas em comum entre fazer uma travessia navegando no mar e os processos que a vida nos faz passar. Uma doença é como se fosse uma tempestade para quem está navegando no mar. Os momentos felizes e bons são como um mar calmo, com vento a favor e brisa confortável!”, compartilha Paulo.

Confira a matéria completa aqui.